Em Êxodo 14:16, Deus dá
uma ordem a Moisés: “E tu, levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e
divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar seco.”
Observando esta
passagem, podemos tirar algumas lições para nossa caminhada de fé.
É interessante que Deus
já havia traçado um plano para a nação de Israel. Deus os tiraria da escravidão
do Egito, e ele poderia ter feito isso num abrir e piscar de olhos, dando
apenas uma ordem, e tudo se realizaria conforme Sua vontade. Mas, ao contrário
disso, vemos Deus endurecendo o coração de Faraó, fazendo com que ele não
permitisse a saída do povo do Egito.
Deus revela sua
soberania e poder, mostrando que Ele agiria independente da vontade de Faraó.
Que seria o próprio Deus intervindo a favor do povo, e não uma permissividade
vinda de Faraó. Deus prova que independente da vontade humana, Ele é Deus pra
fazer conforme lhe apraz, e age da forma que Ele quer.
Após, então, o Egito
enfrentar dez pragas, Faraó não tem outra saída senão permitir que o povo se
vá, mas ainda assim, depois de permitir a saída, Faraó sai com carros e cavalos
em perseguição do povo.
Os filhos de Israel levantam
os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram; então, eles clamaram
ao Senhor.
Moisés, porém, respondeu ao povo: “Não temais,
aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque aos
egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por
vós, e vós calareis.” (Êxodo 14.13,14).
Deus, então, diz a Moisés
que ordene ao povo que marche, e ainda ordena a Moisés que levante a vara e
estenda a mão sobre o mar, para dividi-lo, e para que o povo possa passar pelo meio
do mar a seco.
Quatro coisas me chamam
atenção nessa passagem: O temor do povo, a oração do povo, a fé e a ação de Moisés.
Os milagres, e as ações
de Deus podem acontecer independentes da nossa vontade, pois Ele é Deus
soberano e age conforme apraz seu coração. Mas existem ações que são única e
exclusivamente de nossa responsabilidade. Deus não fará aquilo que for responsabilidade
nossa fazer.
Ao enfrentar a
perseguição de Faraó o povo temeu. Nós também tememos ao enfrentarmos crises e
problemas sejam eles de que naturezas forem. A incerteza do que virá trás
insegurança. Mas frente ao temor, como agir?
O povo orou a Deus, nós
também precisamos orar. Colocar nossas vidas, e nossas petições diante de Deus,
é responsabilidade nossa. A bíblia diz: Pedi e dar-se-vos-á, buscai, e
achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Isso implica em ação.
Moisés, apesar do temor
do povo, creu que Deus agiria, ele exercitou a fé. Sem fé é impossível agradar
a Deus. O que move o sobrenatural é nossa fé. Quando oramos é necessário crer que
Deus é galardoador daqueles que o buscam. Pois fé é o firme fundamento das
coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. (Hebreus 11.1).
Isso implica em mover no sobrenatural.
Deus dá uma ordem a
Moisés para que o povo marche, ele levante a vara, e estenda a mão sobre o mar.
O mar, então, se abre, e o povo passa em segurança. Evidenciasse o milagre.
Isso implica em obedecer e agir.
Deus é o mesmo, Ele não
mudou. As circunstâncias mudam, os problemas mudam, mas Deus permanece o mesmo.
Ele opera de inúmeras maneiras, mas Ele requer de nós três coisas: Fé,
obediência e ação.
Necessário se faz termos
intimidade com Deus, Ele precisa ser o Senhor das nossas vidas. Deus se agrada
da sinceridade de coração. Ao orarmos é bom que sejamos específicos para com
Deus, não adianta usarmos máscaras diante d’Ele, pois afinal, Ele já sabe de
todas as coisas.
Orar, jejuar e crer trás
a existência o que não existe, faz mover o sobrenatural para que no natural as coisas
aconteçam. É preciso clamar, como o povo clamou, mas é preciso crer, como
Moisés creu.
Mas existe algo imprescindível
nisso tudo, e não pode faltar, a obediência. Deus não age em meio ao pecado, Deus
não age em meio à desobediência e em meio à rebeldia. Ainda que Ele exerça
misericórdia, ele corrige o filho a quem ama. Lembre-se que, Deus enviou o povo para o cativeiro na Babilônia por causa da sua desobediência. Deus
tratou com o povo no deserto, e a geração incrédula e desobediente não entrou
na terra prometida.
Milagres são reais, mas
para que vejamos o milagre precisamos orar, jejuar, crer, obedecer e agir. Deus
não fará aquilo que for responsabilidade nossa. Foi preciso que o povo
marchasse, é preciso que continuemos marchando. Foi preciso que Moisés levantasse a vara e estendesse a mão, é preciso que façamos o que Deus tem ordenado. Se o povo parasse teria sido massacrado
e sucumbido, mas ao contrário, eles tiveram que continuar e atravessar o mar,
para serem salvos. Se Moisés não tivesse crido que ao levantar a vara e ao estender a mão que o mar se abriria, o milagre não teria ocorrido, e todos teriam perecido.
Precisamos perseverar,
não podemos parar frente aos obstáculos. Oremos, creiamos, e nos coloquemos em
ação e obediência, sabendo que, se Deus é quem vai à nossa frente, é certo que
o mar se abrirá. Marchemos então, crendo que o Deus que esteve com Moisés no
Egito e no deserto, é o mesmo Deus que opera tudo, e em todos ainda hoje.
Que Deus nos abençoe!
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