MORTOS
PARA O PECADO E VIVOS PARA DEUS
Desde o surgimento da
humanidade sempre existiu no homem a busca pelo relacionamento com o sagrado, e
não menos, a necessidade de entender o sagrado.
A partir do evento Jesus, essa
necessidade se evidenciou, pois nem mesmo os Judeus, que haviam sido preparados,
pelo anuncio, de que viria o Messias, encontraram facilidade em lidar com o
assunto, e tiveram grande dificuldade, e ainda o tem, de entender o evento do
verbo encarnado (que se fez carne) e que através dele nos foi dada a remissão
dos pecados, Jesus. A Igreja primitiva viveu essa crise de entendimento da
graça derramada através do verbo que se fez carne.
Praticamente, toda a carta
de Paulo à Igreja que se encontrava em Roma fala sobre a justificação pela
graça. Paulo faz uma explicação detalhada sobre o assunto, porque haviam muitas
dúvidas com relação à justificação através do sacrifício de Cristo.
Se Cristo morreu para
justificação, como tomar posse disso, como ter direito a isso?
Paulo explica sobre a
justificação somente pela fé. Não existe outra forma de nos apropriarmos da
graça concedida, a não ser pela fé. Ela não é algo palpável, é algo que se crê.
Em João 3. 16 está escrito:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho para que todo
aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”. Percebam que a graça é
para todo
aquele que nele crê.
Em Hebreus 11.6, também está escrito: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois
quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa àqueles que
o buscam”.
Na Idade média essa crise de identidade afetou de forma trágica a
Igreja. O entendimento da graça como favor imerecido, no qual o órgão receptor
é a fé, foi substituído pelo esforço próprio, obras, para recebimento da
justificação. A venda de indulgências, as penitências, as confissões, que em
muitas Igrejas perduram até os dias de hoje, fez surgir uma crise na Igreja.
Alguns padres, inconformados com a forma com que a Igreja vendia a graça
e impunha jugo sobre as pessoas, buscaram
nas escrituras, principalmente na Carta de Paulo aos Romanos, a resposta para
essas dúvidas.
Esses padres ao estudarem Romanos, através da iluminação do Espírito
Santo, compreenderam a justificação somente pela fé, que é a mensagem principal
de Paulo à Igreja em Roma. Dentre eles, está Martinho Lutero, o grande reformador,
que após ser iluminado e adquirir tal entendimento, fixou as noventa e cinco
teses contra as indulgências, e os desmandos do papado na porta da Igreja
Castelo em Wittenberg, Alemanha, em 31 de outubro de 1517.
A partir de então, houve uma ruptura dos
padres que não eram favoráveis à postura da igreja com relação à justificação
dos pecados, e contra os desmandos da igreja da época. Surgindo assim o
movimento protestante.
Ainda
existe uma grande dificuldade para entendermos a justificação pela fé.
Entendermos a fé como órgão receptor da graça, e algo que ainda traz
controvérsias e muita confusão.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é
dom de Deus”.Efésios2:8.
Existem
quatro tipos de fé:
Fé Histórica
– Assentimento intelectual, acreditar no Jesus histórico, nos fatos relatados,
nas informações que nos foram passadas. (Não salva)
Fé
Implícita – Assentimento emocional. Crer porque todos creem. Inserção num
grupo.(Não salva)
Fé Informe
– Primeiro estágio preliminar da fé. Fé ainda em formação. Ainda não houve novo
nascimento. “Logo a fé vem pelo ouvir, e o ouvir
vem pela palavra de Cristo”. Romanos 10:17 (Não Salva)
Fé Genuína – O firme e seguro conhecimento da divina benevolência de
Deus para conosco, firmado na verdade. “Em quem também vós estais depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele
também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;
O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória”. Efésios 1:13-14. Também em Romanos 8 e 1 Tessalonicenses 1.
A fé genuína gera o novo nascimento, (João 3: 1–15). O novo nascimento é acompanhado de
arrependimento, regeneração, frutos, perdão de pecados.
Não somos mais escravos do pecado; o pecado não mais terá domínio sobre
nossas vidas. No novo nascimento recebemos o selo do Espírito Santo e passamos
a ser o seu templo. Isso nos capacita a viver sem pecar, a presença do Espírito
Santo constrange-nos e nos convence do pecado. Romanos 6:1-18.
A regeneração, portanto, é marcada pela mortificação, isso é por uma
ação intencional nossa em não pecar, através da força do Espírito Santo. É um
processo racional e contínuo.
A Bíblia diz:
. O pecado faz separação entre o homem e Deus – Isaías 59:2
. Deus entrega o homem impuro às suas imundícias para se alto destruir –
Rom. 1:26 à Rom. 2:2
. Somos templo – I Coríntios 6:13-20
. O que não possuí frutos nunca nasceu de novo – 2 Pedro 2:20
. Pelos frutos somos conhecidos – Mateus 7:16:23
. Aquele que ama a Deus – João 14:21
“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque
Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do
mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e
claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis”.
Romanos1:19-20
Deus nos abençoe!
Deus nos abençoe!
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