quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Porque não entendemos?

"Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e ser calcado pelos homens." (Mateus 5:13)
É muito interessante, como ouvimos tantas pregações sobre esse versículo.
Quando simplesmente pegamos um versículo isolado, e o usamos como clichê, perdemos o seu real significado. Então, o que Jesus estava querendo nos dizer com isso?
É preciso ler todo o capítulo cinco de Mateus, e não apenas contextualizar o versículo.
Existem certas propriedades e elementos no sal, e se você retirar algum desses elementos, e isso se pode fazer, ou mesmo, se você substituir algum elemento, por outro aparentemente até melhor, você pode obter algo muito bom, mas você não terá mais o sal.
Existem certas características no sal, que quando retiradas, ele não será mais sal.
Então, o que Jesus esta dizendo é que, existem algumas características para ser cristão, e elas não podem ser substituídas. Elas são elementos principais e necessários do que significa ser cristão. Esses elementos não podem ser substituídos, sem que com isso, o nome cristão se torne algo sem significado.
Então, quais são esses elementos essenciais na natureza do cristão?
A resposta não é a forma como nós entramos para a vida cristã. Isso só pode acontecer pela fé em Jesus Cristo, mas a resposta vem a partir do momento em que já estamos lá. A partir do momento em que  há o novo nascimento.
Jesus fala sobre essas características e que elas poderiam ser removidas. Podemos ter algo agradável, mas isso não significa que temos o cristianismo.
O que Deus quer de nós?
“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.” (Mateus 5: 3 à 11)
Estas são a vestimenta, o tecido e a fragrância de Jesus.
Entenda, não é o que fazemos, porque Deus pode levantar pedras para fazer o que fazemos, e fazer ainda melhor que nós. Mas sim o que somos, conforme a imagem e semelhança de Cristo. Isso é o que Ele deseja. Não é por atos legalistas, ou uma aparência exterior de cristão. Podemos até parecer cristãos, mas se não possuirmos os elementos e características essenciais de Cristo, podemos ser qualquer coisa, menos cristãos. Não pelos nossos feitos, Deus poderia usar uma mula.
Muitos problemas de nossas vidas, se não todos, vêm de quem nós não somos. Do nosso caráter. De quem nós somos como pessoa, de nossas erupções carnais. Elas vêm por não refletirmos a Cristo. Então, significa que é pelo que não somos. Se não somos como Cristo, não possuímos seus elementos e características.
Todos os problemas, tudo se resulta de nós não estarmos colocando ênfase suficiente, onde a ênfase deveria estar. Em nos tornarmos como Cristo!
Se não possuímos as características de Cristo, nos tornamos em algo sem sabor que não serve para nada. É isso que Jesus estava dizendo, e não como temos entendido. Deus não está preocupado com o que fazemos, mas sim com o que somos. Todos nós queremos fazer algo, mas o que deveríamos querer é ser algo. Pois, quando possuirmos as características e elementos de Cristo, os frutos serão gerados espontaneamente. Não pode a árvore boa dar frutos ruins.
Precisamos possuir as características listadas por Jesus nas “Bem Aventuranças”, e é isso que Ele quis dizer quando então citou o sal. Pois se não possuímos tais características, para nada servimos, se não para ser lançados fora.
Que Deus nos abençoe! E que possamos ser conformados à imagem e semelhança de Cristo.  

terça-feira, 9 de outubro de 2012


QUEM É O TRAIDOR?


Se perguntarmos para as pessoas quem foi o maior traidor da história, certamente a grande maioria dirá: Judas Iscariotes.
Judas traiu Jesus por trinta moedas de prata.
Jesus morreu naquela cruz inclusive pelo pecado de Judas, que se tivesse se arrependido, teria sido salvo.
E hoje, quantos têm traído a Jesus? Quantos têm aceitado as ofertas que lhes tem sido colocadas diante dos seus olhos? Quantos tem se vendido e vendido a Cristo, em nome da pregação do evangelho?
Um evangelho gospel, mentiroso, que nada tem de verdade com aquilo que Cristo pregou.
Traem a Cristo e se vendem, por causa da fama, do dinheiro, dos holofotes desse mundo.
Fazem do nome de Cristo um mercado. Traem a Cristo e o vendem pela primeira oferta alçada. E  assim como Judas que nem mesmo fez a sua contra proposta, mas aceitou o que os fariseus lhe ofereceram, o mundo “gospel evangélico”, caminha se vendendo. E o povo que nem sequer conhece a Deus, segue idolatrando seus deuses humanos e caídos.
O povo tem sofrido comichão por ouvir aquilo que satisfaz suas expectativas humanas. Aceitam a Cristo desde que ele se enquadre dentro da suas perspectivas de interesses e vontades. Sentam nos bancos das igrejas e esperam até que haja uma proposta mais interessante,  onde a morte de mim mesmo não faça parte do curriculum, mas onde se ofereça um deus com bandejas estendidas.
Vivemos o tempo da apostasia de uma igreja caída. Não a igreja de Cristo, a noiva, essa sim, tem sido adornada a cada dia, mesmo que sofrendo; mas a uma instituição corrupta e pecaminosa, que usa o nome de Cristo em favor do seu próprio interesse.
O povo tem pecado e errado por não conhecer as escrituras, e por não entregar sua razão, emoções e sentimentos, vontades e desejos sob o senhorio e o governo de Cristo. 
E dá-lhes Mamom , o rei desse século!

"Porque virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos." (2 Timóteo 4:3)