domingo, 27 de janeiro de 2013


SOU SALVO?

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele” (João 14:21).
Que todos querem ir para o céu é um fato. Se perguntarmos a qualquer ser humano, até mesmo aquele que diz não professar nenhuma fé, se depois de morto, havendo céu e inferno, onde escolheria passar a eternidade, certamente ouviremos que no céu.
Mas, a questão é que Jesus disse a Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).
“Assim pois, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).
Todas as bênçãos de Deus para nós nessa vida têm como propósito principal cooperar para a nossa salvação e a vida eterna. Esse foi a principal fator da encarnação, sofrimento, crucificação, morte, ressurreição e ascensão aos céus de Cristo. Isso tudo só teve um propósito, redimir o pecador, regenerá-lo, resgatá-lo e salvá-lo. Existem as promessas e as bênçãos, mas todas as promessas e as bênçãos que nos são dadas devem convergir para um só propósito, trabalharem para a salvação do indivíduo.
As bênçãos, milagres, curas e respostas de oração não são para gozarmos como prazeres carnais, elas nos são dadas para cooperarem para a nossa salvação. Por isso nem todas as orações ou petições são respondidas, pois se o que pedirmos for para nos ajudar a crescer em graça e para auxiliar na nossa salvação receberemos. Mas, se o que pedirmos nos afastará da graça e prejudicará a nossa salvação, não receberemos. Assim são todas as bênçãos, elas nos são outorgadas para cooperarem com a nossa salvação.
Que propósito Deus teria em responder todas as suas petições, te conceder todas as bênçãos, se no ultimo dia você não herdasse a vida eterna? Seria tudo irrelevante, nenhuma valia teria tido a morte de Jesus na cruz do calvário.
De que adiantaria Deus te conceder todas as bênçãos, e quando você fechar os olhos e morrer, ou quando vier o arrebatamento, tudo for queimado pelo fogo, e você for reprovado diante de Deus e não entrar na Nova Jerusalém? Não adiantaria nada! Nada do que nos é dado pode concorrer contra a nossa salvação. Se algo nos é dado, e é contra a salvação, não veio de Deus.
Qual, então, é a prova do novo nascimento e da salvação? Como eu posso ter a certeza que entrarei no reino de Deus? Como posso saber se estou caminhando em conformidade para chegar à eternidade?
A conversão e a salvação não se evidenciam por palavras ou afirmações, por religiões ou hábitos culturais. Uma pessoa realmente convertida e salva possui evidências da sua salvação, por ações, obras e pela fé em Jesus Cristo.
A maior evidência da salvação, ou a única evidência da salvação é a regeneração. Se o crente diz que é salvo e não foi regenerado, ele não é salvo. Se ele diz que se converteu e não foi regenerado, ele não se converteu.
O fato de entrarmos para uma igreja não nos salva, o fato de batizarmos nas águas não nos salva, o fato de fazermos parte de ministérios, de trabalharmos na obra não nos salva. O fato de professarmos uma fé não nos salva, o fato de tomarmos uma decisão por Cristo não nos salva.
A obra da salvação é algo sobrenatural de Deus, se você veio para Cristo e o sobrenatural de Deus não está mudando você, você não é salvo, você não se converteu.
Deus usou grande poder para criar o universo e tudo o que nele há, usou grande poder na criação do homem e todas as suas células e estruturas microscópicas, mas o advento do pecado corrompeu todas as coisas. Deus usou tanta glória para criar do nada algo limpo e perfeito, agora necessita Deus pegar uma massa corrompida, suja e corrupta e recriá-la, usando um poder ainda maior. O homem é hoje uma massa corrompida que precisa ser refeita, num processo de regeneração, essa é a obra da salvação.
Você pode estar preso, como lobo em uma jaula, pelo legalismo, pelas regras doutrinárias, mas continuará sendo lobo, que não peca porque o sistema o impede. O coração em nada terá sido regenerado, pois na primeira oportunidade agirá como lobo, pois seu interior continuará desejando o pecado, pois não houve regeneração, se não houve regeneração, não houve conversão e como consequência não há salvação.
As igrejas estão lotadas de pessoas que se batizaram, de pessoas que disseram ter recebido Jesus como Senhor, de pessoas que participam de estudos bíblicos, de pessoas que oram, de pessoas que jejuam e buscam bênçãos, mas isso tudo faz parte da religião, não é suficiente para salvar. Isso se constitui apenas num sistema de regras.
A obra da regeneração é iniciada pela obra do Espírito Santo no interior do ser humano, ela se evidencia na regeneração do caráter, essa é a prova que a salvação não é fruto de religião, de legalismos e de regras. A salvação vem pela transformação do Espírito Santo no interior do homem, na transformação do seu coração. A salvação vem quando nos submetemos e nos abrirmos à obra de regeneração e transformação interior e de caráter pelo Espírito Santo.
Evidenciamos a salvação quando há arrependimento genuíno, seguido de obras. Evidenciamos a salvação quando não existe mais prazer no pecado. Ainda que pequemos, pois somos suscetíveis a pecar, isso não trará mais prazer, mas tristeza e arrependimento. O regenerado não sente mais prazer em pecar.
Se você ainda está numa jaula, não peca porque não é correto, mas adora pecar, não peca por causa da ética, ou se nem percebe quando peca, você ainda não foi regenerado. A presença regeneradora do Espírito Santo nos faz entristecermos com o pecado, nos faz amar o que Deus ama, e odiar o que Deus odeia. Por isso Jesus disse que, aquele que o ama é o que ouve e pratica suas palavras. Não é apenas o ouvinte da palavra, mas aquele que coloca em pratica tudo aquilo que Ele diz. Esse sim é o que O ama. Esse sim herdará a vida eterna. Se alguém não pratica o que Jesus diz, esse não o ama, e não pode ser amado por Seu Pai, e quem não ama a Deus não poderá vê-lo.
Quando o Espírito Santo vem sobre a massa corrompida, o pecado que antes você adorava fazer, você passa a odiar. A justiça, o temor a Deus que você odiava praticar, agora você ama. Você sentirá prazer em servir, em adorar a Deus. Esse é o fruto, esse é o sinal. Pode a árvore má dar bons frutos? Pode a árvore boa dar maus frutos? Pelos frutos vos conhecereis.
Não é o método, a tradição, a correlação sanguínea, a lei ou doutrinas, que trará salvação.  A única evidência da salvação é a regeneração, novo nascimento, nova mente, novo caráter e mudança de hábito. O regenerado quando peca cai em profunda tristeza, num profundo arrependimento. Aquele que não é regenerado peca e nem ao menos sabe que pecou. Não há peso nenhum pelo pecado. Ele quebra as leis de Deus diariamente sem peso algum no seu coração.
Portanto, se não há evidência na sua vida da conversão em frutos e no caráter, você não foi regenerado e não é salvo.
Deixe o Espírito Santo executar a obra restauradora e regeneradora na sua vida. Se submeta a ação transformadora do Espírito Santo para que você possa entrar na cidade pelas portas.

Que Deus nos abençoe!





quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


FILHOS DE QUEM?

A bíblia diz que o diabo é o pai da mentira: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8.44).
Ao refletir sobre esse versículo, pude perceber como muitas vezes o interpretamos de maneira equivocada, ou incompleta.
É interessante que no capítulo 8 de João, Jesus começa por perdoar os pecados de uma prostituta que estava a ponto de ser apedrejada, e ainda, sonda a consciência dos que ali estavam, dizendo que aquele que não tivesse cometido pecado que atirasse a primeira pedra. Eles, então, sendo confrontados pelos próprios pecados, desistem de apedrejar a mulher.
Logo em seguida, Jesus começa a ter um diálogo com os fariseus, que o queriam acusar, dizendo que ele testificava dele mesmo. Isso porque ele não tinha alguém que pudesse testemunhar a respeito dele, falar sobre si mesmo era uma heresia sem que houvesse pelo menos duas testemunhas.
O diálogo então continua e diz a bíblia que muitos creram nele. Jesus os adverte que se permanecessem na sua palavra, verdadeiramente seriam seus discípulos. E conheceriam a verdade e a verdade os libertaria.
Somos pecadores como aquela prostituta, que teve seus pecados perdoados no momento em que se encontrou com Jesus. Assim somos nós. Passamos a crer no Filho de Deus, e precisamos, então, permanecer na sua palavra, isso é uma condição para continuarmos caminhando. E a partir dessa permanência vamos conhecendo a palavra que tem o poder libertador. Muitos de nós entendemos libertação, como sendo apenas libertação demoníaca, expulsão de demônios. A libertação é um processo que requer tempo e disciplina, para alguns ela acontece mais rapidamente, para outros nem tanto. Por isso  necessitamos permanecer na palavra, isso é, fazermos exatamente o que a palavra nos ordena, seguir o manual. O grande vilão do processo de libertação somos nós mesmos. Libertarmos de nossas construções equivocadas, conceitos errôneos, egoísmo, orgulho, pecados arraigados, e tantas outras mazelas da alma, e um processo que só acontece a partir do conhecimento da verdade, essa verdade é Cristo, expressa em sua palavra, a bíblia. Quanto mais conhecimento da palavra, mais libertação.
Agora entendamos que, o fato de conhecermos a letra não faz com que sejamos libertos. A “letra” representa o “ministério da morte, gravado com letras em pedras” que foi dado aos israelitas através de Moisés (2 Coríntios 3.7). O “Espírito” representa a nova aliança de Cristo, revelada através do Espírito Santo e escrita em nossos corações (2 Coríntios 3. 3,4,6,8). A forma legalista praticada pelos fariseus, em nada os libertava, pois não passava de ritos que nenhuma transformação trazia aos corações, baseando-se apenas em atitudes exteriores por repetição. Mas a revelação do Espírito, através da palavra, é capaz de modificar e libertar qualquer comportamento, pensamento, convicção, pecado e coração humano, independente da área cativa. O único capaz de fazer essa diferença é o Espírito Santo. Por isso quando interrogado por Nicodemos Jesus o advertiu que, era necessário que ele nascesse da água e do Espírito. É necessário que sejamos o templo do Espírito Santo, lugar da sua habitação, isso é o que trará a libertação. A regeneração é a prova do novo nascimento e a prova da salvação. Sem regeneração não há salvação.
Jesus diz aos fariseus que eles têm por pai o diabo, que ele é homicida e o pai da mentira. O que isso significa?
Tudo o que não é verdade é mentira, não existem meias verdades. Tudo o que não gera vida, mata. Se algo está vivo, mas é incapaz de reproduzir, gerará morte, pois tudo tem seu fim determinado.
Os fariseus mentiam sobre si mesmos, mentiam a respeito de Jesus, mentiam sobre as obras que praticavam, eram como sepulcros caiados, por fora arrumadinhos e por dentro a morte e o mau cheiro. Filhos do diabo. O diabo age exatamente assim, revela-se majestoso e belo, mas mente. Não é aquilo que aparenta ser. Seu coração é vil, maquiavélico, e possui todas as infinitas maldades.
Os fariseus procuravam matar a Jesus, queriam matar suas palavras, queriam matar sua imagem, queriam matar sua fé e credibilidade, queriam matá-lo de todas as formas, inclusive o seu corpo. O diabo age exatamente assim, ele quer matar nossas emoções, sentimentos, sonhos, fé, esperança, amor próprio, ele quer nos destruir.
Jesus atribuiu a paternidade dos fariseus a satanás, por possuírem as mesmas características, que no caso filhos recebem do pai, mentirosos e homicidas.
Nisso se resume todo o pecado. Tudo o que não é a Verdade, tudo que não está contido na Verdade que é Cristo, “Eu sou O Caminho, A Verdade, e A Vida”, pertence à mentira, e o pai da mentira é satanás, então, aquele que não pratica a Verdade é filho do diabo.
A chave da nossa libertação e salvação está resumida nesse capítulo de João. Precisamos conhecer a Verdade para que ela nos liberte e nos dê filiação juntamente com Cristo.
Mentimos sobre o que somos, muitas vezes agimos como os fariseus, cheios de legalismo e falta da presença do Espírito. Deus conhece nosso coração, nosso pecado, nossas fraquezas, o problema é mentirmos sobre isso, é agirmos diante de Deus usando mentira sobre aquilo que somos. É não nos despirmos diante de Deus, imaginando que podemos enganá-lo. É usar máscaras de bonzinhos e perfeitos, como os fariseus, mas possuirmos um interior cheio de morte e podridão. Para que haja libertação, é preciso que entreguemos o que está podre.
Corações homicidas são maléficos como satanás, eles matam a fé, os sonhos, a esperanças, a alegria. Matam a vontade de viver, daqueles que recebem os venenos destilados por suas línguas. A língua é um membro do corpo que tem peçonhas e veneno. A crítica destrutiva mata a pessoa aos poucos. A calúnia destrói vidas. A palavra doce é agradável de ouvir, mas a palavra com veneno dói até os ouvidos.
A palavra de intriga é medíocre e vil. A palavra de amargura contamina o outro. A palavra de maldição destrói a própria vida.
Por isso Jesus comparou os fariseus à homicidas, como satanás. As suas palavras eram de morte.
Que façamos uma reflexão sobre o que temos sido. Filhos de Deus, ou filhos do diabo.
Quebrantemos nossos corações com sinceridade diante de Deus que tem o conhecimento de todas as coisas, para que Ele derrame sobre nós o Seu Espírito e venha nos vivificar todos os dias.
Deus nos abençoe!
CD já na fábrica. Estará nas lojas em Belo Horizonte a partir da segunda quinzena de fevereiro. 
Contatos pelo email ou site para solicitar envio. 
simone@simonebecker.com.br
www.simonebecker.com.br - em construção

Já estamos fazendo agenda para 2013.
10 capitais brasileiras já estão programadas.
Revista Vitrine Gospel nas bancas na próxima segunda feira 28 de janeiro.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


PEDI E DAR-SE-VOS-A

Lidar com situações que nos fogem ao controle, ou que não estão dentro das possibilidades humanas, não é coisa fácil. Sabendo Deus que o ser humano não seria capaz de conduzir bem tais situações, Ele nos aconselhou que lançássemos sobre Ele todas as nossas ansiedades, e que não nos preocupássemos com o dia de amanhã, pois Ele cuidaria de nós.
Não muito tempo atrás, meu filho estava voltando sozinho de uma viagem aos Estados Unidos, era a primeira vez que ele viajava sozinho, e meu coração de mãe já estava apreensivo com tal situação. Não bastasse minha preocupação, pelo fato de ele estar sozinho, ele, ainda, me ligou do aeroporto dizendo que estava com muita dor de garganta, o corpo estava estranho, e que parecia estar com febre. Tentei manter a serenidade durante a ligação, pedindo a ele que tomasse um medicamento para a febre, e que fosse ao balcão da companhia aérea caso não estivesse se sentindo bem. Desliguei o telefone, e orei a Deus pedindo que Ele o guardasse.
Costumo ser específica para com Deus durante minhas orações. Eu sabia que Deus conhecia perfeitamente minha ansiedade. Sabia que Ele tinha total conhecimento de minha dor, como mãe, de não poder estar ali, naquele momento, junto do meu filho.
A cada meia hora eu ligava novamente, procurando saber como ele estava. Isso perdurou até a hora do embarque. A partir daquele momento eu tinha a convicção que só poderia contar com Deus. Orei durante a madrugada, e por mais que soubesse que Deus me escutava, era difícil manter-me longe da ansiedade.
Ao amanhecer, próximo ao horário em que o avião chegaria a São Paulo, eu não mais conseguia dormir, e só esperava pela ligação do meu filho, dizendo que havia chegado. O telefone, então, tocou. Era meu filho, dizendo que havia chegado. Eu logo perguntei como ele estava, e ele me respondeu que estava bem, que havia melhorado. Depois de algumas horas, meu filho chegou em casa em segurança.
Só Deus sabe o alivio que senti, foi como se um peso saísse das minhas costas. Dei-me conta do cuidado de Deus, de como Deus foi bom, de como Ele agiu poderosamente, apesar da minha total insegurança.
Naquele momento, senti vergonha de mim mesma. Imaginei que Deus deveria estar falando: “Filha, eu disse que cuidaria de tudo, porque você não descansou em mim?”
Eu poderia ter passado uma noite bem mais tranquila, dormindo em paz, sabendo que Deus estava cuidando do meu filho. Afinal, eu havia pedido a Ele que enviasse o anjo com o bálsamo, havia pedido que não deixasse meu filho só. Também sabia que a bíblia diz: “Pedi e dar-se-vos-a, batei e achareis, pois todo o que pede recebe”. Então, porque não fiquei totalmente segura da ação de Deus, já que tinha a consciência de que Ele estava me ouvindo?
Essa experiência mostrou-me o quanto somos fracos, o quanto duvidamos do que Deus diz. Não conseguimos descansar totalmente em seus braços, não nos lançamos totalmente aos seus cuidados. A bíblia diz: “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; não permitirá jamais que o justo seja abalado” (salmo 55.22).
Somos mestres em falar sobre fé, somos mestres em dizermos ao outro para ter fé, mas quando a ansiedade bate à nossa porta, quando perdemos o controle sobre a situação, tudo muda.
Lidar com ansiedade não é tarefa fácil, é um exercício. E como todo exercício, precisa ser praticado. É meditarmos e recordarmos tudo o que Deus deixou escrito. É avaliar o nosso manual, a bíblia, para saber como agir diante de cada situação.
Deus mostrou-me, mais uma vez, que por mais que eu o ame, por mais que eu conheça da sua palavra, ainda assim, eu sou falha. Preciso de sua graça sobre mim todos os dias. É preciso que eu busque nascer de novo todos os dias, para que a água que limpa, que cura e que liberta possa me vivificar, pois cada dia trás consigo resquícios de entulhos para a alma. E, ainda, eu sendo assim falha e pecadora, Ele me ama. E mesmo quando minha fé balança, Ele permanece o mesmo, e age por mim. Pois quando sou fraca, ai sim é que sou forte, pois posso me lançar totalmente nos braços desse Deus, que tão maravilhosamente nos agracia com seu amor e cuidado.
Deus é bom, e é fiel. Ele ouve nossas súplicas, e não desampara um filho.
Deus não despreza um coração quebrantado, e não faz pouco de nossas lágrimas.
Alegremos, pois no Senhor, que grandes coisas fez por nós.
 Que Deus nos abençoe!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013


PARA REFLETIRMOS

Existe um ditado que diz que aquele que encontrou um amigo, achou um tesouro. A bíblia diz que, "Existem amigos mais chegados que irmãos". Isso é uma grande verdade. Tenho amigos maravilhosos, alguns mais íntimos, confidentes, outros nem tanto, mas que não deixam de estar guardados do lado esquerdo do peito.
 É que essa vida estilo "time microwave", expressão que acabei de criar, faz com que exijamos tudo em tempo recorde, tudo tem que ser pra ontem, e isso faz com que também coloquemos as relações humanas nesse mesmo patamar. Nossa paciência, disposição, investimento nas relações, também, se tornaram estilo "micro-ondas", superficiais, rápidas, que aquecem o que é de interesse, e o resto fica frio. Sejamos sinceros... Não é assim mesmo? Essa vida pós-moderna virou uma loucura, e nossas passageiras vidas ficaram de cabeça para baixo. Com isso tudo, cauterizamo-nos a ponto de não mais investirmos tempo, nem qualquer outro tipo de sentimento que valha a pena em construir relacionamentos. Fazemos do capitalismo nosso porto sentimental. Ficou ultrapassado, descarto, e se não gosto, troco. Assim são as amizades que temos construído, baseadas em interesses pessoais, e acabamos por aposentarmos aquilo que há de melhor nos relacionamentos, a diversidade.
 Gente igual é chato. Pelo menos, é o que eu acho. No inicio, um monte de robozinho que faz tudo da mesma forma, têm as mesmas características, podem parecer bem divertidos, mas depois fica tediante. O legal são coisas peculiares, que trazem um toque diferente, entre uma e outra forma de agir. Isso e legal e divertido!
 Agora, pensemos no mundo virtual. Estamos cercados por conexões a cabo, linhas de transmissão, frequências por satélite e de rádio. Por todo lado existe um mundo invisível, carregado de informações, e nos rodeando. Nesse mundo estão, também, as amizades virtuais. As redes sociais são interessantes, vêm mesmo a calhar, dentro da nossa característica pós-moderna "microwave". Relações que muitas vezes não passam do superficial, mas, que não deixam de serem oportunidades de se tornarem relações sólidas e verdadeiras. As pessoas são engraçadas, elas nos mandam solicitações de amizades, bom, entendo que isso signifique que alguém queira me conhecer melhor, ou ter um pouco mais de intimidade comigo, isso e bom. Mas, infelizmente, muitas ficam apenas fazendo parte da quantidade numérica contida na rede, e nos arquivos do Facebook, por exemplo. É uma pena! Mas é o mundo pós-moderno. Onde de moderno só o nome. Moderno foi Jesus, que foi além das conjecturas humanas. Mas, voltando ao assunto, sem deixar de lado, é claro, o pensamento de Cristo, ou pelo menos, tentando imaginar como Ele pensaria, falemos mais um pouco sobre essa vida relacional online.
 Então..., recebemos solicitações de amizades, engordamos nossa agenda nominal. E dai? Daqui um tempo lemos, no cabeçalho da página: Essa pessoa "is longer your relationship", o relationship por minha conta. Porque alguém te excluiria de um relacionamento que nem sequer de fato existiu? Não seria melhor buscar que ele existisse? Ah... Pessoas. Juro que gostaria de entender melhor o ser humano. Mas minhas limitações não permitem, mas tenho tentado.
O fato é: Queremos mesmo tudo fácil, e a mão. Relações fáceis, que não dão nenhuma espécie de trabalho, coisa impossível, digamos de passagem, até irmãos filhos dos mesmos pais, e que possuem o mesmo DNA são diferentes uns dos outros, e principalmente, diferentes dos progenitores. Imagine então, seres totalmente distintos quanto ao DNA. Não existem relações fáceis, isso é utopia. Relações dão trabalho, relações pedem esforços, mas trazem recompensas impagáveis. 
 Pensemos então, até que ponto, ou o quanto queremos investir, já que falamos de capitalismo, e isso quer dizer lucros e dividendos, em nossas relações. Se quisermos adquirir verdadeiros patrimônios, que traça e ferrugem não corroem, havemos de ter que pensar nisso. Invistamos mais tempo, paciência, amor, compreensão e tantas outras palavrinhas mágicas, que o próprio Jesus ensinou, em pessoas. O tempo não pode roubar isso.
Grande abraço.
Simone Becker

domingo, 13 de janeiro de 2013


A Pessoa do Espírito Santo


O termo Espírito Santo é citado muitas vezes na bíblia, e é de interesse vital para o entendimento da Revelação de Deus. Os eruditos dizem que espírito vem do hebraico ruach, passando pelo grego pneuma, e significa respiração ou vento. A Etimologia da palavra não pode fornecer-nos muito auxílio na investigação deste tema. Como Cristo é Deus por eterna filiação, da mesma forma o Espírito Santo é Deus por procedência do Pai e do Filho.
O Espírito Santo que procede do Pai e do Filho é da mesma substância, majestade e glória que a do Pai e do Filho, e verdadeiro e Eterno Deus. “Mas quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos enviar, aquele Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (Jo 15.26).
Até onde são reveladas as propriedades do Pai são: Não é gerado de ninguém nem procede de ninguém; é o Pai do Filho, tendo-o gerado desde a eternidade; o Espírito Santo procede dele, e é seu Espírito. Assim, o Pai é o primeiro em ordem e operação, enviando o Filho e o Espírito Santo, e operando mediante eles.
As propriedades pessoais do Filho são: É o Filho unigênito do Pai desde a eternidade. O Espírito Santo é o Espírito do Filho assim como o é do Pai; é enviado pelo Pai, a quem revela; e assim como o pai, envia o Espírito e opera mediante ele.
As propriedades do Espírito Santo são: É o Espírito do Pai e do Filho, procedendo deles desde a eternidade; é enviado pelo Pai e pelo Filho, que operam mediante ele.
As ações do Espírito Santo só podem ser predicados de um ser pessoal, Fica claro tratar-se de ações de uma pessoa. Vejamos: “...porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar vo lo ei. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo... Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir” (Jo 16.7, 8, 13). “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (Jo 15.26). “Mas aquele Consolador, o Espírito, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar-se de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26).
Nestes textos vemos o Espírito representado como vindo, convencendo o mundo, guiando em toda verdade, falando tudo o que tiver ouvido, anunciando coisas futuras, recebendo coisas de outrem, sendo enviado e testificando, ensinando e fazendo lembrar as coisas de Cristo.
É o Espírito Santo que escolhe e envia: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado... e assim estes enviados pelo espírito Santo...” (At 13.2,4). Ele também ordena aos que hão de pregar: “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais” (1Co 2.13).
Os sentimentos do Espírito Santo são também prova de sua personalidade. Ele pode ser tentado, ou provocado: “porque é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor?” (At 5.9). Ele pode ser entristecido: “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” (Is 63.10). “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Ef 4.30).
As honras dadas ao Espírito Santo na Bíblia são predicados de Deus. Ele é apresentado com majestade suprema por Jesus no texto: “Portanto eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens” (Mt 12.31). Pelo contexto entendemos que blasfêmia contra o espírito Santo é atribuir a Satanás as obras e maravilhas operadas pelo Espírito. Portanto, o Espírito Santo é Deus, pois só Deus é digno de receber tal honra e majestade.
O Espírito Santo é honrado juntamente com o Pai e com o Filho na benção apostólica e na fórmula do batismo, mostrando que ele é igual com o Pai e o Filho.
As obras atribuídas ao Espírito Santo na Bíblia, só podem ser operadas por Deus, e, portanto, demonstram sua real divindade: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida” (Jó 33.4). “Na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus... O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes de onde vem, nem pra onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo 3.5-8).
O Espírito Santo possui os atributos de Deus: Unidade: “Há um só Espírito” (Ef 4.4). Eternidade: “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo” (Hb 9.14). Onisciência: “...porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (Rom 15.19). Onipresença: “Para onde me irei do teu Espírito?” (Sl 139.7). Sabedoria: “ E repousará sobre o ele o espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2). Verdade: “...aquele Espírito da verdade” (Jo 15.26). Santidade: “Declarando Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação” (Rm 1.4). Bondade: “Guia-me o teu bom Espírito” (Sl 143.10).
Os nomes dados ao espírito Santo nas escrituras indicam sua divindade: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” (1 Co 12.6,7). “Disse então Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?” (At. 5.3,4)
O Espírito Santo é o Deus trino, e como tal atua, e está conosco todos os dias até a consumação dos séculos.

Deus nos abençoe!
O CD está indo para a fábrica essa semana, e estará disponível nas lojas a partir da segunda quinzena de fevereiro.


DÁDIVA 

  
                                         

Dádiva Recebida
Dádiva acolhida
E por se dar 
Foi dado o poder de receber
Àquele que em seu coração o acolher
Cura, graça e perdão
Que pelo preço da crucificação
Aniquilou a condenação
Quebrou algemas
Levou cativo o cativeiro
Vitorioso ressurgiu o Cordeiro
Que com o seu sangue 
Toda dívida pagou
Para resgatar o pecador que tanto amou
E voltará para julgar todos os povos
E reinará para cumprir o que foi dito
E contemplará o que Ele mesmo havia escrito.

Simone Becker



sábado, 12 de janeiro de 2013

                               

ATRAVESSANDO O MAR

Em Êxodo 14:16, Deus dá uma ordem a Moisés: “E tu, levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar seco.”
Observando esta passagem, podemos tirar algumas lições para nossa caminhada de fé.
É interessante que Deus já havia traçado um plano para a nação de Israel. Deus os tiraria da escravidão do Egito, e ele poderia ter feito isso num abrir e piscar de olhos, dando apenas uma ordem, e tudo se realizaria conforme Sua vontade. Mas, ao contrário disso, vemos Deus endurecendo o coração de Faraó, fazendo com que ele não permitisse a saída do povo do Egito.
Deus revela sua soberania e poder, mostrando que Ele agiria independente da vontade de Faraó. Que seria o próprio Deus intervindo a favor do povo, e não uma permissividade vinda de Faraó. Deus prova que independente da vontade humana, Ele é Deus pra fazer conforme lhe apraz, e age da forma que Ele quer.
Após, então, o Egito enfrentar dez pragas, Faraó não tem outra saída senão permitir que o povo se vá, mas ainda assim, depois de permitir a saída, Faraó sai com carros e cavalos em perseguição do povo.
Os filhos de Israel levantam os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram; então, eles clamaram ao Senhor.
 Moisés, porém, respondeu ao povo: “Não temais, aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós calareis.” (Êxodo 14.13,14).
Deus, então, diz a Moisés que ordene ao povo que marche, e ainda ordena a Moisés que levante a vara e estenda a mão sobre o mar, para dividi-lo, e para que o povo possa passar pelo meio do mar a seco.
Quatro coisas me chamam atenção nessa passagem: O temor do povo, a oração do povo, a fé e a ação de Moisés.
Os milagres, e as ações de Deus podem acontecer independentes da nossa vontade, pois Ele é Deus soberano e age conforme apraz seu coração. Mas existem ações que são única e exclusivamente de nossa responsabilidade. Deus não fará aquilo que for responsabilidade nossa fazer.
Ao enfrentar a perseguição de Faraó o povo temeu. Nós também tememos ao enfrentarmos crises e problemas sejam eles de que naturezas forem. A incerteza do que virá trás insegurança. Mas frente ao temor, como agir?
O povo orou a Deus, nós também precisamos orar. Colocar nossas vidas, e nossas petições diante de Deus, é responsabilidade nossa. A bíblia diz: Pedi e dar-se-vos-á, buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Isso implica em ação.
Moisés, apesar do temor do povo, creu que Deus agiria, ele exercitou a fé. Sem fé é impossível agradar a Deus. O que move o sobrenatural é nossa fé. Quando oramos é necessário crer que Deus é galardoador daqueles que o buscam. Pois fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. (Hebreus 11.1). Isso implica em mover no sobrenatural.
Deus dá uma ordem a Moisés para que o povo marche, ele levante a vara, e estenda a mão sobre o mar. O mar, então, se abre, e o povo passa em segurança. Evidenciasse o milagre. Isso implica em obedecer e agir.
Deus é o mesmo, Ele não mudou. As circunstâncias mudam, os problemas mudam, mas Deus permanece o mesmo. Ele opera de inúmeras maneiras, mas Ele requer de nós três coisas: Fé, obediência e ação.
Necessário se faz termos intimidade com Deus, Ele precisa ser o Senhor das nossas vidas. Deus se agrada da sinceridade de coração. Ao orarmos é bom que sejamos específicos para com Deus, não adianta usarmos máscaras diante d’Ele, pois afinal, Ele já sabe de todas as coisas.
Orar, jejuar e crer trás a existência o que não existe, faz mover o sobrenatural para que no natural as coisas aconteçam. É preciso clamar, como o povo clamou, mas é preciso crer, como Moisés creu.
Mas existe algo imprescindível nisso tudo, e não pode faltar, a obediência. Deus não age em meio ao pecado, Deus não age em meio à desobediência e em meio à rebeldia. Ainda que Ele exerça misericórdia, ele corrige o filho a quem ama. Lembre-se que, Deus enviou o povo  para o cativeiro na Babilônia por causa da sua desobediência. Deus tratou com o povo no deserto, e a geração incrédula e desobediente não entrou na terra prometida.
Milagres são reais, mas para que vejamos o milagre precisamos orar, jejuar, crer, obedecer e agir. Deus não fará aquilo que for responsabilidade nossa. Foi preciso que o povo marchasse, é preciso que continuemos marchando. Foi preciso que Moisés levantasse a vara e estendesse a mão, é preciso que façamos o que Deus tem ordenado. Se o povo parasse teria sido massacrado e sucumbido, mas ao contrário, eles tiveram que continuar e atravessar o mar, para serem salvos. Se Moisés não tivesse crido que ao levantar a vara e ao estender a mão que o mar se abriria, o milagre não teria ocorrido, e todos teriam perecido.
Precisamos perseverar, não podemos parar frente aos obstáculos. Oremos, creiamos, e nos coloquemos em ação e obediência, sabendo que, se Deus é quem vai à nossa frente, é certo que o mar se abrirá. Marchemos então, crendo que o Deus que esteve com Moisés no Egito e no deserto, é o mesmo Deus que opera tudo, e em todos ainda hoje.

Que Deus nos abençoe!