terça-feira, 15 de janeiro de 2013


PARA REFLETIRMOS

Existe um ditado que diz que aquele que encontrou um amigo, achou um tesouro. A bíblia diz que, "Existem amigos mais chegados que irmãos". Isso é uma grande verdade. Tenho amigos maravilhosos, alguns mais íntimos, confidentes, outros nem tanto, mas que não deixam de estar guardados do lado esquerdo do peito.
 É que essa vida estilo "time microwave", expressão que acabei de criar, faz com que exijamos tudo em tempo recorde, tudo tem que ser pra ontem, e isso faz com que também coloquemos as relações humanas nesse mesmo patamar. Nossa paciência, disposição, investimento nas relações, também, se tornaram estilo "micro-ondas", superficiais, rápidas, que aquecem o que é de interesse, e o resto fica frio. Sejamos sinceros... Não é assim mesmo? Essa vida pós-moderna virou uma loucura, e nossas passageiras vidas ficaram de cabeça para baixo. Com isso tudo, cauterizamo-nos a ponto de não mais investirmos tempo, nem qualquer outro tipo de sentimento que valha a pena em construir relacionamentos. Fazemos do capitalismo nosso porto sentimental. Ficou ultrapassado, descarto, e se não gosto, troco. Assim são as amizades que temos construído, baseadas em interesses pessoais, e acabamos por aposentarmos aquilo que há de melhor nos relacionamentos, a diversidade.
 Gente igual é chato. Pelo menos, é o que eu acho. No inicio, um monte de robozinho que faz tudo da mesma forma, têm as mesmas características, podem parecer bem divertidos, mas depois fica tediante. O legal são coisas peculiares, que trazem um toque diferente, entre uma e outra forma de agir. Isso e legal e divertido!
 Agora, pensemos no mundo virtual. Estamos cercados por conexões a cabo, linhas de transmissão, frequências por satélite e de rádio. Por todo lado existe um mundo invisível, carregado de informações, e nos rodeando. Nesse mundo estão, também, as amizades virtuais. As redes sociais são interessantes, vêm mesmo a calhar, dentro da nossa característica pós-moderna "microwave". Relações que muitas vezes não passam do superficial, mas, que não deixam de serem oportunidades de se tornarem relações sólidas e verdadeiras. As pessoas são engraçadas, elas nos mandam solicitações de amizades, bom, entendo que isso signifique que alguém queira me conhecer melhor, ou ter um pouco mais de intimidade comigo, isso e bom. Mas, infelizmente, muitas ficam apenas fazendo parte da quantidade numérica contida na rede, e nos arquivos do Facebook, por exemplo. É uma pena! Mas é o mundo pós-moderno. Onde de moderno só o nome. Moderno foi Jesus, que foi além das conjecturas humanas. Mas, voltando ao assunto, sem deixar de lado, é claro, o pensamento de Cristo, ou pelo menos, tentando imaginar como Ele pensaria, falemos mais um pouco sobre essa vida relacional online.
 Então..., recebemos solicitações de amizades, engordamos nossa agenda nominal. E dai? Daqui um tempo lemos, no cabeçalho da página: Essa pessoa "is longer your relationship", o relationship por minha conta. Porque alguém te excluiria de um relacionamento que nem sequer de fato existiu? Não seria melhor buscar que ele existisse? Ah... Pessoas. Juro que gostaria de entender melhor o ser humano. Mas minhas limitações não permitem, mas tenho tentado.
O fato é: Queremos mesmo tudo fácil, e a mão. Relações fáceis, que não dão nenhuma espécie de trabalho, coisa impossível, digamos de passagem, até irmãos filhos dos mesmos pais, e que possuem o mesmo DNA são diferentes uns dos outros, e principalmente, diferentes dos progenitores. Imagine então, seres totalmente distintos quanto ao DNA. Não existem relações fáceis, isso é utopia. Relações dão trabalho, relações pedem esforços, mas trazem recompensas impagáveis. 
 Pensemos então, até que ponto, ou o quanto queremos investir, já que falamos de capitalismo, e isso quer dizer lucros e dividendos, em nossas relações. Se quisermos adquirir verdadeiros patrimônios, que traça e ferrugem não corroem, havemos de ter que pensar nisso. Invistamos mais tempo, paciência, amor, compreensão e tantas outras palavrinhas mágicas, que o próprio Jesus ensinou, em pessoas. O tempo não pode roubar isso.
Grande abraço.
Simone Becker

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