sábado, 12 de janeiro de 2013

                               

ATRAVESSANDO O MAR

Em Êxodo 14:16, Deus dá uma ordem a Moisés: “E tu, levanta a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar seco.”
Observando esta passagem, podemos tirar algumas lições para nossa caminhada de fé.
É interessante que Deus já havia traçado um plano para a nação de Israel. Deus os tiraria da escravidão do Egito, e ele poderia ter feito isso num abrir e piscar de olhos, dando apenas uma ordem, e tudo se realizaria conforme Sua vontade. Mas, ao contrário disso, vemos Deus endurecendo o coração de Faraó, fazendo com que ele não permitisse a saída do povo do Egito.
Deus revela sua soberania e poder, mostrando que Ele agiria independente da vontade de Faraó. Que seria o próprio Deus intervindo a favor do povo, e não uma permissividade vinda de Faraó. Deus prova que independente da vontade humana, Ele é Deus pra fazer conforme lhe apraz, e age da forma que Ele quer.
Após, então, o Egito enfrentar dez pragas, Faraó não tem outra saída senão permitir que o povo se vá, mas ainda assim, depois de permitir a saída, Faraó sai com carros e cavalos em perseguição do povo.
Os filhos de Israel levantam os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram; então, eles clamaram ao Senhor.
 Moisés, porém, respondeu ao povo: “Não temais, aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós calareis.” (Êxodo 14.13,14).
Deus, então, diz a Moisés que ordene ao povo que marche, e ainda ordena a Moisés que levante a vara e estenda a mão sobre o mar, para dividi-lo, e para que o povo possa passar pelo meio do mar a seco.
Quatro coisas me chamam atenção nessa passagem: O temor do povo, a oração do povo, a fé e a ação de Moisés.
Os milagres, e as ações de Deus podem acontecer independentes da nossa vontade, pois Ele é Deus soberano e age conforme apraz seu coração. Mas existem ações que são única e exclusivamente de nossa responsabilidade. Deus não fará aquilo que for responsabilidade nossa fazer.
Ao enfrentar a perseguição de Faraó o povo temeu. Nós também tememos ao enfrentarmos crises e problemas sejam eles de que naturezas forem. A incerteza do que virá trás insegurança. Mas frente ao temor, como agir?
O povo orou a Deus, nós também precisamos orar. Colocar nossas vidas, e nossas petições diante de Deus, é responsabilidade nossa. A bíblia diz: Pedi e dar-se-vos-á, buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Isso implica em ação.
Moisés, apesar do temor do povo, creu que Deus agiria, ele exercitou a fé. Sem fé é impossível agradar a Deus. O que move o sobrenatural é nossa fé. Quando oramos é necessário crer que Deus é galardoador daqueles que o buscam. Pois fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. (Hebreus 11.1). Isso implica em mover no sobrenatural.
Deus dá uma ordem a Moisés para que o povo marche, ele levante a vara, e estenda a mão sobre o mar. O mar, então, se abre, e o povo passa em segurança. Evidenciasse o milagre. Isso implica em obedecer e agir.
Deus é o mesmo, Ele não mudou. As circunstâncias mudam, os problemas mudam, mas Deus permanece o mesmo. Ele opera de inúmeras maneiras, mas Ele requer de nós três coisas: Fé, obediência e ação.
Necessário se faz termos intimidade com Deus, Ele precisa ser o Senhor das nossas vidas. Deus se agrada da sinceridade de coração. Ao orarmos é bom que sejamos específicos para com Deus, não adianta usarmos máscaras diante d’Ele, pois afinal, Ele já sabe de todas as coisas.
Orar, jejuar e crer trás a existência o que não existe, faz mover o sobrenatural para que no natural as coisas aconteçam. É preciso clamar, como o povo clamou, mas é preciso crer, como Moisés creu.
Mas existe algo imprescindível nisso tudo, e não pode faltar, a obediência. Deus não age em meio ao pecado, Deus não age em meio à desobediência e em meio à rebeldia. Ainda que Ele exerça misericórdia, ele corrige o filho a quem ama. Lembre-se que, Deus enviou o povo  para o cativeiro na Babilônia por causa da sua desobediência. Deus tratou com o povo no deserto, e a geração incrédula e desobediente não entrou na terra prometida.
Milagres são reais, mas para que vejamos o milagre precisamos orar, jejuar, crer, obedecer e agir. Deus não fará aquilo que for responsabilidade nossa. Foi preciso que o povo marchasse, é preciso que continuemos marchando. Foi preciso que Moisés levantasse a vara e estendesse a mão, é preciso que façamos o que Deus tem ordenado. Se o povo parasse teria sido massacrado e sucumbido, mas ao contrário, eles tiveram que continuar e atravessar o mar, para serem salvos. Se Moisés não tivesse crido que ao levantar a vara e ao estender a mão que o mar se abriria, o milagre não teria ocorrido, e todos teriam perecido.
Precisamos perseverar, não podemos parar frente aos obstáculos. Oremos, creiamos, e nos coloquemos em ação e obediência, sabendo que, se Deus é quem vai à nossa frente, é certo que o mar se abrirá. Marchemos então, crendo que o Deus que esteve com Moisés no Egito e no deserto, é o mesmo Deus que opera tudo, e em todos ainda hoje.

Que Deus nos abençoe!







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