domingo, 13 de janeiro de 2013


A Pessoa do Espírito Santo


O termo Espírito Santo é citado muitas vezes na bíblia, e é de interesse vital para o entendimento da Revelação de Deus. Os eruditos dizem que espírito vem do hebraico ruach, passando pelo grego pneuma, e significa respiração ou vento. A Etimologia da palavra não pode fornecer-nos muito auxílio na investigação deste tema. Como Cristo é Deus por eterna filiação, da mesma forma o Espírito Santo é Deus por procedência do Pai e do Filho.
O Espírito Santo que procede do Pai e do Filho é da mesma substância, majestade e glória que a do Pai e do Filho, e verdadeiro e Eterno Deus. “Mas quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos enviar, aquele Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (Jo 15.26).
Até onde são reveladas as propriedades do Pai são: Não é gerado de ninguém nem procede de ninguém; é o Pai do Filho, tendo-o gerado desde a eternidade; o Espírito Santo procede dele, e é seu Espírito. Assim, o Pai é o primeiro em ordem e operação, enviando o Filho e o Espírito Santo, e operando mediante eles.
As propriedades pessoais do Filho são: É o Filho unigênito do Pai desde a eternidade. O Espírito Santo é o Espírito do Filho assim como o é do Pai; é enviado pelo Pai, a quem revela; e assim como o pai, envia o Espírito e opera mediante ele.
As propriedades do Espírito Santo são: É o Espírito do Pai e do Filho, procedendo deles desde a eternidade; é enviado pelo Pai e pelo Filho, que operam mediante ele.
As ações do Espírito Santo só podem ser predicados de um ser pessoal, Fica claro tratar-se de ações de uma pessoa. Vejamos: “...porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar vo lo ei. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo... Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir” (Jo 16.7, 8, 13). “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (Jo 15.26). “Mas aquele Consolador, o Espírito, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar-se de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26).
Nestes textos vemos o Espírito representado como vindo, convencendo o mundo, guiando em toda verdade, falando tudo o que tiver ouvido, anunciando coisas futuras, recebendo coisas de outrem, sendo enviado e testificando, ensinando e fazendo lembrar as coisas de Cristo.
É o Espírito Santo que escolhe e envia: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado... e assim estes enviados pelo espírito Santo...” (At 13.2,4). Ele também ordena aos que hão de pregar: “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais” (1Co 2.13).
Os sentimentos do Espírito Santo são também prova de sua personalidade. Ele pode ser tentado, ou provocado: “porque é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor?” (At 5.9). Ele pode ser entristecido: “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” (Is 63.10). “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Ef 4.30).
As honras dadas ao Espírito Santo na Bíblia são predicados de Deus. Ele é apresentado com majestade suprema por Jesus no texto: “Portanto eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens” (Mt 12.31). Pelo contexto entendemos que blasfêmia contra o espírito Santo é atribuir a Satanás as obras e maravilhas operadas pelo Espírito. Portanto, o Espírito Santo é Deus, pois só Deus é digno de receber tal honra e majestade.
O Espírito Santo é honrado juntamente com o Pai e com o Filho na benção apostólica e na fórmula do batismo, mostrando que ele é igual com o Pai e o Filho.
As obras atribuídas ao Espírito Santo na Bíblia, só podem ser operadas por Deus, e, portanto, demonstram sua real divindade: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida” (Jó 33.4). “Na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus... O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes de onde vem, nem pra onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo 3.5-8).
O Espírito Santo possui os atributos de Deus: Unidade: “Há um só Espírito” (Ef 4.4). Eternidade: “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo” (Hb 9.14). Onisciência: “...porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (Rom 15.19). Onipresença: “Para onde me irei do teu Espírito?” (Sl 139.7). Sabedoria: “ E repousará sobre o ele o espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2). Verdade: “...aquele Espírito da verdade” (Jo 15.26). Santidade: “Declarando Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação” (Rm 1.4). Bondade: “Guia-me o teu bom Espírito” (Sl 143.10).
Os nomes dados ao espírito Santo nas escrituras indicam sua divindade: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” (1 Co 12.6,7). “Disse então Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?” (At. 5.3,4)
O Espírito Santo é o Deus trino, e como tal atua, e está conosco todos os dias até a consumação dos séculos.

Deus nos abençoe!
O CD está indo para a fábrica essa semana, e estará disponível nas lojas a partir da segunda quinzena de fevereiro.


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