sexta-feira, 18 de maio de 2012

OLHAI OS PÁSSAROS



OLHAI OS PÁSSAROS

É fato que vivemos em um mundo capitalista, onde o mercado dita as normas de consumo e de comportamento.  Somos bombardeados pelas vozes publicitárias em todo o tempo. Os meios de comunicação vendem seus peixes, aos consumidores mais vorazes, e também aos que precisam consumir. Sem tomarmos consciência, somos envolvidos por esse mercado.
Para tornarmos consumidores cada vez mais assumidos, despendemos nossas preciosas horas na busca do elemento central da economia, o capital, que pode ser entendido como dinheiro. Que para o mero consumidor destina-se à satisfação das necessidades pessoais, o que não quer dizer necessidades básicas de sobrevivência, pois o conceito de necessidade pessoal pode variar de indivíduo para indivíduo, dependendo de sua cultura, classe social, etc. Para o mercado de produção, comércio e serviços, esse capital tem a finalidades de gerar lucros, cada vez maiores, que acabam por concentrar riquezas nas mãos das minorias privilegiadas, gerando contradições sociais.
Somos escravos do mercado consumidor, e vivemos sobre a tutela do comprar e pagar. Contas se amontoam em nossas gavetas; a fatura do cartão, a escola das crianças, a prestação do carro, a boleta do aluguel, a boleta do condomínio, o carnê da compra da nova TV, a fatura da academia, contas e mais contas. Sofremos comichão por comprar o último lançamento do mercado. Perdemos o sono, nos tornamos escravos da balança, ficamos anoréxicos, bulímicos, estressados, deprimidos, ansiosos, prisioneiros do medo. Nossa alma se consome frente à busca desenfreada do ter, do possuir, e dos prazeres. Buscamos fuga nos remédios, no álcool e nas drogas. A violência e a corrupção se alastram, como consequência dessa busca que escraviza. Adoecemos.
Tornamos-nos presas fáceis nas mãos do inimigo, que suga nossa lucidez, nosso tempo, nossa paz, nossa saúde, nossa dignidade, nossa vida. E convivemos com um gatilho apontado para nossa cabeça, pronto a disparar o tiro de misericórdia. Muitos se perdem, muitos se matam, muitos se desencantam, sem alívio e socorro. E se repete o ciclo vicioso, assim como a mudança das estações.
Até quando? Quando veremos além? Quando olharemos para os pássaros, que não semeiam nem segam, nem ajuntam em celeiros, e nosso pai os alimenta? Não temos nós muito mais valor que eles? Porque andamos ansiosos, pelo que havemos de comer, ou beber, ou vestir?  Não é a vida mais que tudo isso? O que adianta ao homem ganhar o mundo e perder sua alma? Não há como servir a Deus e às riquezas e prazeres desse mundo. Se buscarmos o que é perecível, pereceremos. E assim caminha a humanidade, escrava do dinheiro, dos bens, e dos prazeres. Amiga do mundo e inimiga de Deus.
É necessário que abramos nossos olhos, pois, é certo que Deus sabe de tudo quanto precisamos, e também sabe que, é digno o trabalhador do seu salário, mas, “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6: 33)
Se deixarmos Deus ser o primeiro nas nossas vidas, se nos agradarmos Dele, Ele satisfará o desejo do nosso coração. Nosso prazer precisa estar no Senhor, as outras coisas, por certo virão. Façamos aquilo que estiver em nossas mãos para ser feito, e deixemos que Deus faça aquilo que só compete a Ele fazer.
Não desperdice sua vida, ela é única. Não permita que o gatilho permaneça apontado para sua cabeça, “acorda ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos.” (Efésios 2:1)

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajunteis tesouros no céu, onde nem a traça, nem a ferrugem consomem, e os ladrões não minam nem roubam. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ai também está o vosso coração.” (Mateus 6: 19 – 21)




                    

Um comentário:

  1. Simone, parabéns! Adorei a mensagem. Li tudo duas vezes e 'tô realmente impressionado com o quanto a senhora escreve bem. Tentarei voltar aqui mais vezes. Um forte abraço! ^^

    ResponderExcluir