segunda-feira, 21 de maio de 2012

TIRA PRIMEIRO A TRAVE DO TEU OLHO!



TIRA PRIMEIRO A TRAVE DO TEU OLHO
“Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.” (1Coríntios 13: 10)

Caminhamos rumo à perfeição, somos obra inacabada, onde existem imperfeições e defeitos. Apesar de isso ser uma realidade, temos a tendência de vislumbrarmos a perfeição no contexto humano, o que é impossível. Ainda que ao homem tenha sido dada capacidade intelectual, inteligência e tantos outros atributos, ele é falho e sua obra também o é.
Toda criação feita por mãos humanas nunca será perfeita, assim como, o homem também não o é. Sabemos que máquinas falham, e são finitas em suas possibilidades, projetos nunca serão perfeitos, pois sempre haverá visões e posicionamentos de aspectos diferentes, e eles também falharão.
Então, porque será que exigimos perfeição das pessoas? Decepcionamos-nos com os tropeços humanos, e com nossos próprios tropeços. Exigimos do outro aquilo que é impossível de ser dado. Cobramos do outro, e muitas vezes de nós mesmos, uma fatura impossível de ser paga.

É fácil percebermos esse comportamento, quando olhamos para as igrejas. Pessoas pulam de galho em galho, em busca do perfeito, ou pelo menos, em busca do perfeito a seus olhos. Observem que Jesus escolheu os discípulos a dedo, no entanto, até mesmo aqueles homens eram falhos, ali existia traidor, covarde, brigão, incrédulo, frágil e tantos outros. Não existiriam homens assim dentro das igrejas? Igreja é lugar, onde enfermos são levados, ali haverá todo tipo de doença do corpo, da alma e do espírito. Haverá lobos no meio dos cordeiros, haverá, assim como, com os discípulos de Jesus, homens falhos. Esquecemo-nos que, estamos todos ali, com o mesmo objetivo, sermos tratados e adorarmos o que é perfeito, Jesus. A igreja perfeita só existirá, quando Jesus vier buscar sua noiva, e então, ela for assunta ao céu. Onde houver homens, haverá falhas.
Frustramo-nos em busca de uma família perfeita, em busca de filhos perfeitos, de amigos perfeitos, pais perfeitos. Isso é uma utopia. Existe no ser humano, uma tendência terrível, de sempre achar que a “grama do vizinho é melhor que a sua.” Isso, faz com que não valorizemos aquilo que temos, então, desprezamos, e não cuidamos, do que foi a nós confiados, por achar que não existe valor nas pessoas. Não agradecemos pela família, nem pelos amigos. Consequentemente não perdoamos, e temos uma dificuldade tamanha, com relação a este assunto, pois aceitar falhas é algo com o que temos dificuldade em conviver, como se fôssemos perfeitos. (Trataremos sobre esse assunto num próximo Post) Exigimos do outro algo que, nós mesmos não podemos dar. Cobramos aquilo que também não possuímos. E isso se torna um círculo vicioso, à medida que, a reciprocidade é verdadeira.
É preciso que tomemos consciência da falibilidade humana. Pois, ainda que, o homem seja o mais sábio, o mais ungido, o mais temente a Deus, ainda assim, será obra imperfeita, inacabada e falha. Se depositarmos nossa confiança em homens, frustraremos, se o nosso padrão de referência for humano, tolos que somos, pois só há um perfeito, Jesus, o qual deve ser nossa referência. Jesus é o exemplo a ser seguido, Ele é nossa fonte inspiradora. É necessário que nossa atenção esteja voltada para Ele, e que paremos de apontar o dedo na cara do outro, e olhemos para nós mesmos.
“Por que vês tu, o arqueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o arqueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o arqueiro do olho do teu irmão.  (Mateus 7: 3 à 5)

Precisamos concertar nossas vidas. Examinemo-nos, como se mirássemos num espelho, transportando-nos para fora de nós mesmos, e considerando-nos como somos vistos pelo outro. O orgulho leva o homem a disfarçar seus próprios defeitos, e achar que os do outro são sempre maiores, como forma de se sentir melhor, e não precisar se humilhar, nem submeter-se à sua própria consciência. Se quisermos mudar as pessoas, necessário se faz melhorar primeiro a nós mesmos. Se exigimos atitudes perfeitas do outro, é preciso que mudemos as nossas atitudes. Examinemo-nos a nós mesmos, para que tornemo-nos pessoas melhores, e paremos de buscar no outro, aquilo que em nós também não há.
Se existem dez defeitos em você procure ter cinco, e assim caminhemos de glória em glória, rumo à perfeição. E perdoe as falhas do outro, assim como as suas têm sido perdoadas, e já foram pagas na cruz do calvário.

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (1 João 1: 8)

“E Jesus lhe disse: Porque me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.” (Marcos 10:18)

“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” (Romanos 3: 10)

Que Deus nos abençoe!




                

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